Bom, galera. Muito prazer. Sou
Andre, novo colaborador aqui do (Des)equilibra. A proposta é fazer um site onde
vocês possam se sentir a vontade e encontrar textos sobre assuntos que
realmente interessem e despertem alguma reação.
Pensei bastante em qual assunto
poderia escolher para começar a escrever aqui pro (Des)equilibra e cheguei a
conclusão que o melhor seria falar sobre as dúvidas que invadem nosso ser
quando somos jovens. São tantas perguntas e milhões de opções que ficamos
sempre entre confusos quanto ao que escolher ou fazer ou querer ou sentir ou
lutar ou esquecer ou desistir. Ufa, cansativo né?
Hoje em dia, tudo é muito rápido.
Somos pressionados por todos os lados. Família, escola/faculdade, namoro,
amigos, estágio/trabalho. Tudo e todos exigindo uma reação instantânea. Não
temos tempo para pensar e elaborar melhor as situações e o que fazer para tirar
melhor proveito delas.
Não sei vocês, mas essa rapidez
me deixa sem ar, deslocado em certas situações e sempre com a sensação de estar
correndo atrás de alguma coisa. E isso me incomoda muito. O mundo anda em uma
velocidade feroz e tolhedora. E, ao contrário do que possa parecer, o nosso
caminho é involutivo.
Lembro que, quando era mais
jovem, nunca fiquei muito preocupado em fazer planos ou escolher a melhor
maneira de conquistar aquilo que eu queria no momento. Nem mesmo quando meus
familiares me perguntavam o que eu iria ser quando crescesse. Só vivia a vida.
Acredito que estamos aqui para isso. No meu caso, a decisão foi a mais
acertada. Sem planos, sem expectativas e sem frustrações.
Mas não sou diferente dos outros.
Claro que por vezes me percebia sofrendo por uma paixão platônica, mais por
pura timidez que por não reciprocidade. Ainda tinha a questão da escola e toda
a sua carga de chatices obrigatórias para me trazer angústias. Sem falar de um
irmão pentelho e uma família que parecia estar sempre atenta a tudo o que eu
esboçasse querer fazer.
Sabe aquela sensação de estar
sendo observado a todo instante? Era bem assim que eu sentia. Não era mais uma
criança, mas também não era adulto. Várias vezes ouvi o termo 'aborrescente'.
Não me sentia como tal, apenas era aborrecido me sentir como foco de atenção
que para mim era totalmente dispensável. Perguntas e conselhos sempre me
deixaram louco para dar uma resposta não muito educada.
O tempo passou. Cresci. E aprendi
que tudo o que sentia naqueles momentos se justificavam na minha falta de
experiência em viver a vida. Nada é tão urgente que não possamos parar e pensar
sobre o que acontece. Mas a gente vai aprendendo. E entre acertos e tropeços,
vamos construindo a nossa identidade adulta.
E vocês? Como percebem essa
instantaneidade que assola a sociedade atual? Como lidam com tantas pressões? Comentem aí. É bom desabafar e ter acesso a outras perspectivas sobre o que nos
aflige.
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