Sensação de querer, não poder, conter. Inquieta (sempre fui), é assim que eu ando ultimamente, irritantemente pensativa. Surgem tantas situações, tantas respostas e tantas perguntas que estou me voltando pra dentro de mim. A repulsa tem que se tornar um hábito, eu detesto hábitos, eu tenho que repelir algo que eu quero ter por perto. Dentro de mim? razão e emoção lutam, se espancam, se matam, quem irá vencer?
Me abrindo pra mudanças e sentido uma leveza que acompanha as confusões dos meus pensamentos; o meu vazio interno agora é reflexo do espaço reservado pra mudança da vida. Para mudança do meu eu por constatação em meu eu vivo - que aspira vida, que tem cheiro de vida, que vive pra amar. E assim tenho espaço pra crescer; pra ser. Continuo amando a ilusão da perfeição dos sentimentos que crio e que são simples e puros. Vou construindo sonhos até que me canse desse meu encantar e desencantar de tudo. Vou brincar com a ironia até que meu riso revele que minha sinceridade não é ataque, é paz. É a força do hábito. Eu brigo sempre com o relógio; a pontualidade não me segue, mas isso não mostra a minha distração. O meu esquecimento é que mostra a minha distração. E eu continuo a esperar algo maior do que meus próprios desejos pra me surpreender e dizer que tudo vale a pena. O meu silêncio não é parede, é ponte. E se for parede não é de concreto, é de papelão. Fácil, então, ser mais um em mim - Acolho tudo e colho fatos. Desses, arquivo o que for verdadeiro e acumulo toda a negatividade até que se transforme em ansiedade, pra que eu siga evidenciando a angústia do mundo em cada medo meu, e mostrando a perfeição da vida na superação de cada medo desses; mostrando que sou menos pessoa, e mais abrigo. É tempo de sorrir e mudar.
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