Desequilibradas palavras

E eu ainda acredito, mesmo que machuque. Acredito nas pessoas, na bondade, no amor. Acredito que tudo o que sonhamos pode ser realizado. Acredito que dentro de todos os seres humanos existe bondade, acredito naqueles que ajudam um desconhecido, que sorriem quando passam por mim e doam seus casacos velhos. Acredito no abraço apertado, no beijo roubado, na música compartilhada com alguém. Mesmo que às vezes as pessoas me decepcionem, mesmo que muitas vezes a bondade seja muito menor que a maldade, mesmo às vezes o ódio prevalecendo. Acredito até quando os sonhos se despedaçam em desilusão, busco fé a cada momento de tristeza, acredito que mesmo depois de tantas quedas podemos voltar a correr. Prefiro amar a ser indiferente. Prefiro acreditar nas pessoas e na vida. Prefiro confiar a desconfiar. Não há quem seja feliz sem confiar em alguém, não há quem viva sozinho. Estou sempre flutuando leve entre descobrir e aprender a amar, as desilusões também acontecem, mas essas só precisam ser deixadas para trás. Nunca nada pode ser completamente esquecido porque cada experiência nos faz crescer, mas os momentos ruins não precisam ser sempre lembrados. Prefiro lembrar daqueles que confiei e me surpreendi, prefiro lembrar das noites de festas, das fotos loucas, das musicas gritadas por todos juntos, do quarto bagunçado, das mãos dadas, dos beijos demorados, das gargalhadas que nascem entre as lágrimas. E que venham mais. Mais pessoas, mais amores, mais fé. E que os verdadeiros sempre permaneçam.